Essas coisas – poesia de Carlos Drummond de Andrade
Na poesia “Essas coisas” o grande C. D. A. fala-nos com a sabedoria de na velhice estar sempre aberto para a vida.
O poema é um libelo à vida. A vida que nunca termina, senão quando acaba, ou seja, quando se morre. Mas enquanto nossos olhos não se fecham pela última vez. Mas, enquanto não chegou a hora de adentrar na eternidade, para a pós-vida ou esquecimento, ou Deus, ou Diabo. Estamos nesse mundo, e somos constantemente impregnados pelos desafios de viver, e sentir, a vida que flui em todos nós, não importando a idade. O velho poeta (Drummond publicou esse livro em 1973, quando contava com 71 anos) transmite essa idéia de maneira vivíssima,. Nessa poesia, singela, bela, delicada e imbuída de sabedoria do velho poeta, que nunca se fechou a beleza e surpresa constante da vida.
A poesia começa com a citação irônica de um dizer comum:
“Você não esta mais na idade
De sofrer por essas cosias.”
Ao que o poeta responde em pergunta:
Há então a idade de sofrer
E a de não sofre mais
Por essas, essas coisas?
Desenvolvendo esse jogo ente o sofrer e o viver de vida e morte, o poema desfecha-se na pungente estrofe:
E se não estou mais na idade de sofrer
É porque estou morto, e morto
É a idade de não sentir as coisas, essas coisas?
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Referência:
1.poesia “Essas Coisas” publicada no livro de poemas “ As impurezas do Branco” pela primeira vez editado em 1973 ed. José Olympo: Rio de Janeiro.
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