Nem só de Kama-Sutra vive a literatura erótica indiana.
Literatura erótica clássica, Amaru.
Amaru é o nome de um autor indiano do século VIII, não se sabe ao certo sua verdadeira identidade, o que é comum nos textos em sânscritos desse período, em especial aqueles francamente eróticos ou mesmo de conteúdo pornográficos. Há uma coletânea de suas poesias eróticas intitulado Amaruçataka. Composto de aproximadamente cem poesias, conta uma antiga lenda sobre o autor que cada poesia teria sido-lhe inspirada por cada uma das cem diferentes mulheres com quem teve envolvimento amoroso. O texto descreve desde posições sexuais até os sentimentos erógenos e psicológicos dos amantes. Sua orientação geral é voltada para um enaltecimento do prazer sensorial em detrimento do amor romântico, onde os amantes alimentam uma relação afetiva à distância. Geralmente a separação é tida com sofrimento e povoada de delírios cimentos e lembranças, recheadas de atos masturbatórios, dos amantes.
Descreve também relações poligâmicas e intrigas amorosas na “corte” indiana da época. Outra interpretação sobre o surgimento dos versos é de que eles descreveriam a vida amorosa e sexual da sociedade de “corte” indiana daquela época. O texto é de alto teor poético e extremamente elaborado, é considerado pelos estudiosos do sânscrito como uma dos clássicos imortais da língua. Muito popular ao longo do tempo na Índia e até hoje proliferam várias coletâneas dessas poesias.
Acha-se traduções desse texto (os links levarão você para opções de compra desses livros):
LOVE LYRICS (Tradução para o inglês)
CENTURIA DE AMOR (Tradução para o espanhol)
LA CENTURIE (tradução para o Francês)
Capa da edição espanhola dos poemas de Amaru, “Centúria de Amor”
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