Ademir Assunção
(Novos autores da Literatura Brasileira)
Ademir Assunção nasceu na cidade de Araraquara, interior paulista em 2 de julho, 1961. Poeta, jornalista, editor, letrista, tem trabalhou em vário jornais do pais como A Folha de São Paulo e a revista Marie Claire. Seu primeiro livro publicado foi LSD Nô (poesia, 1994). Ao que se seguiram A máquina peluda (prosa, 1997), Cinemitologias (prosa poética, 1998) e Zona Branca (poesia, 2001).
O escritor pretende fazer uma poesia da nossa época, contemporânea aos nossos problemas e situação. Daí surgem os temas de seus poemas, velha por exemplo a caso de Zona Branca, que o autor define como:
“Zona Branca: presídio de segurança máxima para onde são enviados os rebeldes, dissidentes e arruaceiros. A vida ali é um inferno. Não pensem em uma penitenciária convencional, com grossas paredes, grades e portões de ferro ou altas muralhas guardadas por policiais fortemente armados e com incontrolável instinto sádico. Nada disso. Trata-se de algo muito mais sombrio e sofisticado: uma área de deslocamento, em outra dimensão do espaçotempo, onde os presidiários são submetidos à incomunicabilidade total, embora possam ver em detalhes tudo o que está acontecendo em torno deles, no chamado mundo real. Um território de isolamento absoluto, concebido pelo gênio de cientistas inescrupulosos, financiados por grandes empresas transnacionais.”
Ademir Assunção, Minimanifesto Zona Branca in:
http://zonabranca.sites.uol.com.br/abertura2.htm
O estilo da sua poesia é vário, ora preservando a rítmica ora dispensando-a, não se prendendo a formalismo a forma serve ao conteúdo. Alias ai parece residir a sua preocupação literária primeira: o conteúdo, o que sua poesia diz, ou, invertendo a questão, o que se deve dizer em uma poesia em nossos dias – num tempo profundamente marcado pela decadência social e econômica, marcado pela ditadura da mass media. Sua poesia pretende-se um libelo contra esse estado de coisas que objetiva, de alguma maneira, transformar através da própria transformação do poema. Essa é a temática e o desafio contundente que convida o leitor sua literatura.
Poema:
DESCIDA AOS INFERNINHOS (TRECHO)
I
eureka - grita o poeta
achei meu estilo, traço rude de fino tino,
quer dizer, daqui detrás dos montes
vai ser ferro na perereca
cuspe seco, pedra cabralina
sinalização de pista de aeroporto
fox-xote caboclo muito louco
paulista neurótico de férias em amaralina
& que se ferrem as fadas
sóis de gelo de falas delicadas
não, vai ser na porrada
verso cortado a facada
bucho de bode, rixa de galo
poesia que bebe a pinga no gargalo
poeta maldito será o benedito
príncipe nefasto das noites de blackout
& assim sendo segue a ladainha
bandeira à meio pau o poeta arreganha a bainha
e sapeca mais uma, assim, digamos
descabela o mico,
enquanto sonha que enraba as ninfas
& bebe o vinho na boca das musas
(...)
Continua o poema, para ler a integra do poema vá ao site do escritor: http://zonabranca.sites.uol.com.br/POEMAS/zonab/inferninho.htm
Livros de Ademir Assunção:
(os links te redicionarão para opções de compras)
Adorável Criatura Frankenstein - Assunção, Ademir
A Máquina Peluda – Ademir Assunção
A Musa Chapada – Ademir Assunção
Letras de Músicas:
Durango Kid
Londrix
Zensider
Recursos na Internet:
http://www.cronopios.com.br/tvcronopios/conteudo.asp?id=16
Blog do Ademir
http://zonabranca.blog.uol.com.br/
http://zonabranca.sites.uol.com.br/abertura2.htm
Vá ao Blog www.flechalivros.blogspot.com
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